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9° ANO A - GEOGRAFIA  (10-11-2024)




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PENSAMENTOS GEOGRÁFICOS do PIBIDIANO DE GEOGRAFIA JÚNIOR CESAR 

 

"Pra você que faz cara feia quando eu digo que faço GEOGRAFIA ou solta um "Hum, que legal" extremamente irônico...

Só tenho a dizer que a amplicidade dessa ciência me torna a cada dia uma pessoa melhor e aumenta ainda mais o meu amor pelas diversas Geografias que rodeiam a todos. ...   Minha graduação me permite ousar a te falar um pouco sobre o universo ou da formação da Terra. Posso te explanar sobre a dicotomia do urbano X rural ou te fazer me odiar falando de política.   Posso ainda demonstrar como a dispersão dos biomas estão intimamente ligados à composição do solo, ao clima e dentre outros fatores.   Posso te ensinar a diferença de clima e tempo e te fazer perceber o quanto é engraçado quando você diz "Como está o clima hoje?" e te aborrecer falando de economia ou dos males do capitalismo.   Posso mostrar rochas, minerais e o dinamismo das formas e estruturas do relevo.   Posso ainda, descobrir contigo outras cidades, estados, países e continentes, e outros planetas também!   Conto histórias também, do PR, do Brasil e do mundo e quebro a cabeça com problemas matemáticos da nossa amiga Cartografia.   Questiono os problemas da educação geográfica e modifico meu modo de ensinar, para despertar a busca sagaz em aprender Geografia.   São tantas ciências que a Geografia engloba, que posso ter me esquecido de algo que está ao meu domínio. Mas é isso, não existe uma ciência melhor do que a outra, mas se existisse, a Geografia seria uma forte candidata!   A Geografia mexeu comigo e me fez amá-la incondicionalmente.   Enfim, a Geografia é uma mãe que te acolhe e te faz refletir, questionar e propor soluções para o mundo. Ela está em toda parte, até mesmo dentro de você."

 

 

 

 

 

 

 

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PARA REFLETIR, MUDAR E AGIR
PARA REFLETIR, MUDAR E AGIR

 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Infelizmente a educação está muito longe de ser libertadora. Continua reproduzindo as ideologias dos opressores como verdade absoluta. Milton Santos descrevia perfeitamente o que está acontecendo atualmente. (Por uma outra Globalização).
"Essa nova lei do valor – que é uma lei ideológica do valor – é uma filha dileta da competitividade e acaba por ser responsável também pelo abandono da noção e do fato da solidariedade. Daí as fragmentações resultantes. Daí a ampliação do desemprego. Daí o abandono da educação. Daí o desapreço à saúde como um bem individual e social inalienável. Daí todas as novas formas perversas de sociabilidade que já existem ou se estão preparando neste país, para fazer dele – ainda mais – um país fragmentado, cujas diversas parcelas, de modo a assegurar sua sobrevivência imediata, serão jogadas umas contra as outras e convidadas a uma batalha sem quartel.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A educação que prevaleceu no passado é muito insuficiente, incompleta, superficial. Ela somente cria pessoas que podem ganhar a vida, mas isso não produz nenhuma introvisão (insight) da vida em si mesma. Não é apenas incompleta, é também danosa – porque está baseada na competição. Qualquer tipo de competição é, bem no fundo, violenta e cria pessoas desamorosas. Todo o esforço delas é de ser conquistadoras: de nome, de fama, de todo tipo de ambições – obviamente, elas precisam lutar e entrar em conflito para obtê-las. Isso destrói sua alegria e sua amistosidade. Parece que todos estão lutando contra todos. A educação até agora tem sido orientada para uma meta: o que você está aprendendo não é importante, o que importa são os exames que virão mais tarde. Isso torna o futuro importante – mais importante de que o presente. Isso sacrifica o presente pelo futuro. E isso se torna seu estilo de vida, vocês estão sempre sacrificando o momento presente por algo que não está presente. Isto cria um tremendo vazio na vida."
(Osho)
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25 coisas que estão escondendo de você

O dinheiro que você ganha. A comida que come. A água que bebe. As coisas que compra. Atrás de tudo isso existe um arsenal de segredos - que as empresas e os governos do mundo preferem que você não conheça. Chegou a hora de desvendá-los

1. Você só recebe 7 meses de salário por ano
É isso aí: 5 dos seus 12 salários nunca chegam ao seu bolso. Vão inteirinhos para o governo. Um brasileiro que ganha R$ 3 mil por mês destina 40,98% desse dinheiro para pagar impostos e contribuições que incidem sobre a renda (como IRPF e INSS), o consumo (ICMS, PIS, COFINS, ISS...) e o patrimônio (IPVA, IPTU, ITR...). O cálculo é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Entre os países analisados, só a Suécia impõe uma carga tributária maior. "A diferença é que a Suécia oferece serviços públicos de qualidade", diz João Eloi Olenike, presidente do IBPT.
2. Comer pão torrado é perigoso
Quando alimentos ricos em amido, como pão e batata, são expostos a temperaturas altas, acima de 120 graus, produzem acrilamida: um composto que está relacionado à incidência de câncer. Os estudos com a substância foram realizados em ratos, e não há provas conclusivas de que ela provoque tumores em humanos. Mas a acrilamida é considerada uma questão séria pela OMS e pelas autoridades de saúde da Europa e dos EUA, onde até já surgiu uma solução tecnológica para o problema: uma enzima artificial, desenvolvida pela empresa de biotecnologia Novozyme, que poderá ser adicionada às batatas durante a fritura e reduz em 50% a formação de acrilamida. Enquanto ela não chega ao mercado, a recomendação é evitar que a comida seja exposta a altas temperaturas. Regule a torradeira para a potência mínima, e não deixe a batata fritar até ficar amarronzada. "Os alimentos que adquirem um tom escuro ou que queimam durante o preparo têm mais chance de conter acrilamida", diz o médico nutrólogo Maximo Asinelli.
3. Coca e Pepsi contêm um ingrediente polêmico
Segundo estudos publicados em 2007 pelo governo dos EUA, a substância metil imidazol (4-MI) está ligada ao aumento no risco de câncer. Ela é utilizada na fabricação de medicamentos, tintas e produtos agrícolas e também está presente em alguns refrigerantes - pois é um subproduto do corante caramelo IV, usado em bebidas. Segundo uma análise do Centro para a Ciência no Interesse Público (CSPI), dos EUA, uma lata de Coca-Cola brasileira tem 267 microgramas de 4-MI. É 66 vezes mais do que a Coca da Califórnia - e 9 vezes acima do limite estabelecido pelo governo de lá. Dos 9 países estudados pelo CSPI, o Brasil é líder no uso da substância, também encontrada na Coca Diet, na Pepsi e na Pepsi Diet.
A Coca-Cola nega qualquer risco, mas decidiu mudar sua fórmula, na Califórnia, para diminuir o 4-MI e satisfazer a lei. No Brasil, a fórmula não será alterada. A empresa diz que o uso do corante observa os critérios da Anvisa e não traz risco. "A quantidade de 4-MI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é significativa", afirma. A PepsiCo também diz que não há problema. "Não há evidência científica de que o composto 4-MI em alimentos ou bebidas traga risco", afirma. A Anvisa segue a mesma linha. "O consumo diário de 1 litro de refrigerante de cola resultaria na ingestão de 1,2% do total aceitável para um adulto." Ou seja: você teria de beber 83 litros de refrigerante por dia para passar do limite seguro. O governo da Califórnia não concorda, alegando que os efeitos do 4-MI ainda não são plenamente compreendidos. A Food & Drug Administration, do governo dos EUA, diz que os refrigerantes são seguros. Mas aceitou analisar uma petição do CSPI, que pede o banimento da substância.
4. Há pedaços de inseto na sua comida
É praticamente inevitável que, ao longo de todas as etapas de produção de um alimento industrializado (colheita, processamento, embalagem, etc), ele acabe sendo contaminado por fragmentos de inseto. Tanto é que, no ano passado, a Anvisa publicou uma Consulta Pública para debater limites toleráveis para eles. O documento sugere o seguinte: máximo de 10 fragmentos de inseto a cada 100 g de molho de tomate ou 100 g de chocolate, e até 60 pedaços de inseto em 25 g de café torrado. O padrão ainda está sendo estudado. "Hoje, a legislação brasileira não aceita nenhum pedaço de inseto na comida", informa a Anvisa. Mas os insetos na comida são uma realidade - e você já deve ter ingerido centenas de fragmentos deles sem saber.
5. O chocolate corre risco de extinção
O problema está no solo da África, que responde por 72% da produção de cacau mundial. O cacaueiro gosta de crescer em florestas, à sombra de árvores mais altas. Mas os produtores estão derrubando as outras espécies para plantar só cacau. Com isso, a curto prazo a colheita aumenta, mas o solo fica ressecado e erodido pela ação direta do sol. "Em 20 anos, o chocolate vai ser como o caviar: tão raro e caro que as pessoas não vão poder comprar", diz John Mason, diretor do Centro de Pesquisas sobre Conservação da Natureza (NCRC), sediado em Gana, segundo produtor mundial de cacau.
1º Costa do Marfim - 1 350
2º Gana - 970
3º Indonésia - 500
4º Nigéria - 210
5º Camarões - 200
6º Brasil - 180*

*Embora seja grande produtor, o Brasil precisa importar cacau.
Fonte www.icco.org
6. Quanto mais religioso você é, menos age por compaixão
As religiões pregam a compaixão com o próximo. Mas, na prática, quem é religioso não liga muito para a compaixão. Isso foi constatado por um estudo da Universidade de Berkeley, nos EUA, que analisou a vida e os hábitos de 1 337 pessoas adeptas de vários credos. As pessoas menos religiosas se guiavam principalmente pela compaixão quando faziam algum ato de caridade - como oferecer o assento do ônibus a um estranho, por exemplo. Já entre os mais devotos, era diferente. "Os mais religiosos baseiam sua generosidade em outros fatores, como a doutrina e a reputação ante os membros da comunidade", diz o sociólogo Robb Willer, autor do estudo.
A tese de Willer foi comprovada por outro estudo, em que 210 estudantes de diversas religiões, classes e etnias participaram de um jogo. Cada um recebeu uma quantidade de pontos que poderiam ser trocados por dinheiro. E decidia se compartilhava os pontos ou guardava para si. Resultado: entre os menos devotos, a compaixão pesou muito nas atitudes em favor do grupo. Já entre os devotos, a compaixão quase não influiu - eles sempre doavam valores parecidos, independentemente dos sentimentos que tinham em relação aos demais participantes.
7. Madonna não canta, dubla e vários outros artistas também
Não é papo de crítico. Quem acusa Madonna de enganar os fãs no palco é o rival Elton John. A última alfinetada foi em janeiro, antes da performance da Material Girl no Super Bowl americano. "Não deixe de sincronizar bem os lábios", ironizou ele. No show que fez em Ramat Gan, Israel, no dia 31 de maio, Madonna foi flagrada várias vezes fazendo exatamente isso. Ela chegava a sair do palco para trocar de roupa enquanto as canções continuavam rolando. O playback é mais comum do que se imagina. Os britânicos do Bloc Party, por exemplo, deram vexame no MTV Vídeo Music Brasil de 2008. O vocalista escorregou no palco, mas a música seguiu rolando solta. A cantora Katy Perry já fingiu até que sabia tocar flauta. E foi vaiada quando tirou o instrumento da boca sem saber que o solo continuava. Rihanna e Britney Spears também abusam de truques assim. Afinal, se até Madonna pode...
8. Um terço dos cientistas mente
Eles mesmos admitiram isso, numa pesquisa realizada em 2005 pela revista Nature. De 3 247 cientistas, 33% confessaram (anonimamente) que fizeram pelo menos uma coisa antiética ao elaborar seus estudos. Por exemplo: 1,5% cometeu plágio, 15,5% adulteraram o método ou os resultados do estudo, e 12,5% usaram dados que sabidamente não eram confiáveis. E na maioria dos casos, é de propósito mesmo. Em 2010, o biólogo americano Grant Steen analisou 788 retratações que tiveram de ser publicadas devido a erros ou fraudes em artigos científicos. "Cerca de 53% dos artigos fraudulentos foram escritos por fraudadores reincidentes", afirma Steen. E os pesquisadores mentirosos costumam se associar uns aos outros. "Eles tendem a colaborar com cientistas que também se retrataram por outros trabalhos."
9. O salmão que você come nem sempre é salmão
Pode ser outra coisa: truta salmonada. A truta e o salmão integram a família dos salmonídeos e têm gosto bem parecido - só que a truta é mais barata. Por isso, há produtores que dão às trutas uma ração aditivada com corante, para que elas fiquem rosadas, visualmente idênticas ao salmão. Se a truta for consumida na forma de sushi, cortada e misturada com shoyu, é muito difícil notar diferença no sabor. O próprio salmão também é alimentado com corantes - porque, como é criado em cativeiro, não tem acesso aos crustáceos dos quais se alimenta na natureza, e que dão a ele sua cor rosada natural. "Os criadores colocam na ração os pigmentos astaxantina e cantaxantina, que podem ser sintéticos ou extraídos de algas", afirma o engenheiro de alimentos Cláudio Lima.
O mundo dos peixes, aliás, está cheio de pegadinhas. O linguado geralmente não é linguado, e sim merluzão, e o badejo na verdade é abadejo - mais barato e importado da Argentina. "Os restaurantes fazem de tudo, pois ninguém sabe o que come", revela o chef de um restaurante de São Paulo, que prefere não se identificar. "Tem um peixe chamado abrótea que pode ser salgado para parecer bacalhau. O processo de preparo é o mesmo. Se você encontrar um prato a R$ 20 e outro a R$ 80, saiba que o mais barato não é bacalhau." A abrótea vive no Atlântico Sul - bem longe da Noruega, lar do bacalhau.
10. A Rússia tem 42 cidades secretas
Juntas, elas têm 1,5 milhão de habitantes. Mas não apareciam no mapa até o final dos anos 1980. Hoje sua existência é conhecida - mas só se entra lá com autorização do Ministério da Defesa ou da Agência de Energia Atômica da Rússia. Conheça as principais:
1. NOME: kraznoznamensk. Fica a apenas 40 km de Moscou. Tem 36 mil habitantes. Abriga um centro de controle de satélites, e trabalha ajudando a coordenar a Estação Espacial Internacional.
2. NOME: OZYORSK Com 82 mil habitantes, teve o acesso restringido durante a Guerra Fria por ser próxima a Mayak - onde havia uma usina de plutônio. Hoje, recicla material radioativo do arsenal soviético.
3. NOME: Vilyuchinsk. Foi fundada em 1968 para construção de submarinos militares e vive disso até hoje. Ganhou duas igrejas nos anos 1990 e possui 23 mil habitantes (1 000 a menos que em 2002).
11. A carne de boi é feita com cocô
Os galpões de criação de aves são forrados com serragem, sabugo de milho triturado, feno e casca de arroz. Essa mistura, chamada de "cama de frango", fica cheia de fezes, bactérias, penas e resíduos de medicamentos. E era usada para alimentar o gado no Brasil até 2004. "A prática foi proibida porque o gado poderia se infectar com os príons: proteínas ligadas à encefalopatia espongiforme bovina - a doença da vaca louca", diz Gerson Scheuermann, da Embrapa. Nos EUA, contudo, a prática é permitida. E pior ainda. Lá, as aves comem olho, cérebro e intestino de boi - que acabam sendo ingeridos, junto com fezes, pelos próprios bois. "Isso completa o ciclo dos príons, e causa a doença", diz o médico americano Michael Greger.
12. Impressora a laser polui o ar
O alerta é de Lidia Morawska, cientista da Universidade de Queensland, Austrália, e uma das maiores especialistas do mundo em qualidade do ar. Ela testou 62 modelos de impressoras a laser e constatou que 17, das marcas HP e Toshiba, emitiam alta quantidade de partículas ultrafinas - que podem ser inaladas e causar problemas respiratórios e cardíacos, além de tumores. Ainda não se conhece bem a composição dessas partículas. Uma hipótese é que sejam formadas pela evaporação de compostos do toner (tinta da máquina), que é submetido a altas temperaturas. A emissão varia conforme o modelo. A HP 4250n, por exemplo, emite muito, enquanto a 2200DN, da mesma marca, não emite quase nada. A HP diz que não há indicações de que as partículas tragam risco, e que mais estudos são necessários. "Testes vigorosos são parte integral das pesquisas da HP e de seus procedimentos de controle de qualidade."
13. É seguro usar o celular no avião
Tanto que várias companhias já permitem o uso, e seus aviões não caem por isso. Uma possível explicação para o banimento está na rede de telefonia. O avião voa muito alto, a 12 mil metros, e muito rápido (900 km/h). Se você ligar um celular dentro dele, o sinal irá se espalhar por longas distâncias, o que é ruim. "O celular usado no avião pode se comunicar com várias torres de telefonia [ao mesmo tempo], congestionando a rede", esclarece a fabricante de sistemas aeronáuticos Honeywell. Nos aviões onde o celular é permitido, há um equipamento que intercepta o sinal e o redireciona para um satélite, evitando interferências.
14. O iPhone tem data para pifar - e as lâmpadas também
Segundo a Apple, a bateria do iPhone aguenta aproximadamente 400 ciclos completos de carga e descarga. A partir daí, ela começa a perder desempenho até, eventualmente, pifar. Isso é uma consequência natural e inevitável, pois os materiais empregados na bateria (tanto a da Apple quanto as dos demais fabricantes) se desgastam com o uso. O problema é que, como a bateria do iPhone não é removível, o usuário é obrigado a enviar seu iPhone para a assistência técnica se quiser trocá-la. E aí vem a surpresa: nos EUA, essa substituição custa US$ 80 - quase o preço de um iPhone novo, que lá custa de US$ 99 a US$ 199 (com os subsídios fornecidos por operadoras). Acaba compensando mais comprar um aparelho novo, mais moderno, e simplesmente jogar fora o antigo. Ou seja: na prática, o iPhone já sai de fábrica com uma data de morte.
As lâmpadas incandescentes também. Elas duram em média 1 000 horas, mas poderiam durar muito mais. Isso só não acontece devido a um acordo celebrado entre os 7 maiores fabricantes de lâmpadas do mundo - que na década de 1920 decidiram limitar a durabilidade do produto para vender mais. Os fabricantes cujas lâmpadas fossem consideradas excessivamente duráveis, inclusive, tinham de pagar multas ao grupo. A manipulação foi comprovada por uma investigação feita pelo governo inglês nos anos 1950. Mas, até hoje, a vida útil das lâmpadas se mantém em torno de 1 000 horas.
15. O iPhone grava os lugares onde você esteve
Os dados ficam armazenados num arquivo e são transferidos para seu computador quando você o sincroniza com o iPhone. "Não há evidência de que a informação seja transmitida para a Apple. Mas qualquer pessoa que tenha acesso ao seu computador pode acompanhar os seus movimentos" e saber onde você estava, minuto a minuto, diz o especialista em segurança Pete Warden, que é ex-funcionário da Apple e revelou o segredo. A Apple diz que o iPhone não fica vigiando o usuário, e que o suposto rastreamento é apenas uma maneira de aumentar a precisão do GPS - que só opera com o consentimento da pessoa. "O iPhone mantém um banco de dados com a localização de hotspots Wi-Fi e torres de celular, para ajudar a calcular sua localização de forma rápida e precisa quando solicitado", afirma a empresa.
16. Existe lixo radioativo em São Paulo
Cerca de 80 toneladas de areia com metais pesados estão num terreno da avenida Miguel Yunes, 115, em Interlagos, na zona sul da capital. E uma pequena parte contém materiais radioativos: urânio e tório. Esse material sobrou da Usina de Santo Amaro (Usam), que funcionava em São Paulo e foi fechada em 1992.
A história começa com a Nuclemon (Nuclebrás de Monazita e Associados), uma estatal criada nos anos 1970 e ligada ao programa nuclear brasileiro. Ela controlava a Usina de Santo Amaro, onde eram produzidas as chamadas "terras raras" - minerais usados para fabricação de produtos eletrônicos, computadores, ímãs e mísseis, por exemplo. A matéria-prima da usina era a chamada areia monazítica, que era extraída do litoral norte do Estado do Rio e levada até a Usam para processamento. Essa areia contém 4 minerais: ilmenita, zirconita, rutilo e monazita. Os três primeiros não são radioativos e têm aplicação na indústria de metalurgia e cerâmica. Já a monazita, além de possuir 60% de terras raras em sua composição, contém tório (5%) e urânio (0,2%).
A usina processou centenas de toneladas de areia monazítica até fechar. O que fazer com os resíduos da Usam? O plano era enviá-los a um depósito em Caldas, Minas Gerais. Mas só parte do material chegou até lá. É que o então governador mineiro, Itamar Franco, proibiu o transporte do lixo radioativo para seu Estado. Assim, a outra parte das areias foi jogada no terreno de Interlagos, onde funcionava a Usin (Usina de Interlagos). E lá permanece até hoje.
Atualmente, o solo está sendo descontaminado pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), uma empresa ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Os rejeitos radioativos estão sendo colocados em bombonas (tambores de plástico resistentes e herméticos) dentro de um galpão de 2 250 m2 que foi construído no próprio terreno. Segundo a INB, eles somam até agora menos de 10 toneladas. E de lá irão para um depósito final, cuja localização ainda será determinada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Já a terra contendo minerais pesados está sendo estocada em pilhas na superfície do terreno para futura transferência à unidade de beneficiamento de minerais pesados em Buena, localizada na região de Campos, no Rio de Janeiro.
A INB afirma que sua intenção é transportar tudo para Caldas, mas isso requer um processo de licenciamento complexo. O material vai ter de passar por muitos municípios, e alguns deles não liberam o acesso. Por isso, as negociações são longas. Segundo Valter Mortagua, coordenador da unidade de São Paulo da INB, o trabalho de descontaminação do terreno também é meticuloso e demorado - o que torna difícil prever uma data para o fim das tarefas. "Os materiais estocados na Usin não colocam em risco a saúde da população", diz Mortagua.
17. Os EUA possuem vírus que podem devastar o mundo
A varíola matou 300 milhões de pessoas no século 20 até ser erradicada com campanhas de vacinação. O último caso foi registrado em 1977, na Somália. Mas o micro-organismo por trás da doença, do gênero Orthopoxvirus, continua muito bem, obrigado. "A varíola ainda é uma ameaça para o mundo inteiro. Os EUA e a Rússia guardam estoques do vírus congelado desde a Guerra Fria", diz Steven Block, biofísico da Universidade de Stanford e um dos maiores especialistas mundiais em bioterrorismo. O arsenal americano é mantido no Centro para Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta. Uma eventual liberação do vírus, por acidente, terrorismo ou guerra, poderia ter consequências terríveis - porque a vacinação em massa contra varíola foi interrompida há mais de 30 anos (e também porque, para manter a eficácia, ela teria de ser reaplicada a cada 10 anos).
Os EUA também cultivam organismos ainda mais perigosos, como o vírus ebola e a bactéria Bacillus anthracis (antraz), ambos altamente letais.
O propósito oficial é desenvolver vacinas contra eles. Mas algo sempre pode dar errado. Em setembro de 2001, um terrorista obteve esporos de antraz - um pó branco, que ele enviou pelo correio para alguns políticos e jornalistas americanos, gerando pânico no país. Segundo uma investigação do FBI, o antraz usado nos ataques teria sido roubado de um laboratório do governo americano por Bruce Ivins, cientista que tinha acesso a esse material. Ivins acabou se suicidando em 2008.
18. Vitamina aumenta risco de câncer em fumantes
Você fuma, se alimenta mal, e aí decide consumir um suplemento vitamínico para tentar compensar esses maus hábitos? Cuidado. A maioria dos comprimidos multivitamínicos contém betacaroteno, um pigmento laranja que é convertido em vitamina A pelo organismo. E ele pode ser perigoso para quem fuma. Cientistas da Universidade do Sul da Flórida analisaram os hábitos de 109 mil americanos que ingeriram de 20 a 30 mg de betacaroteno por dia e constataram que, entre os fumantes, o suplemento estava associado com aumento no risco de câncer de pulmão. Em suma: se você fuma, não tome multivitamínicos com betacaroteno. Ou, melhor ainda, pare de fumar.
19. Adoçante artificial engorda mais que açúcar
A evolução condicionou nosso corpo a esperar uma dose de energia sempre que ingerimos algo doce. Quando tomamos um suco de laranja, por exemplo, nosso organismo sabe que está ingerindo algo bastante calórico (140 kcal por copo). Mas quando tentamos enganá-lo com adoçante, geramos um curto-circuito: o organismo não obtém as calorias que esperava - e dispara uma vontade de comer mais. Ou seja: mesmo sendo menos calóricos, os adoçantes têm um efeito colateral que faz o indivíduo engordar. Foi assim com ratos testados por psicólogos da Universidade Purdue, nos EUA. "Os animais alimentados com iogurte adoçado com sacarina ganharam mais peso que os do grupo que comeu iogurte com açúcar", diz Susan Swithers, autora do estudo.
20. Soja pode causar infertilidade
A soja é um alimento saudável, que traz vários benefícios. Mas também pode trazer um malefício: reduzir a concentração do esperma. É o que indica um estudo feito pela Universidade Harvard, nos EUA. Os 99 participantes informaram a quantidade de produtos de soja, como tofu, hambúrguer e leite, que haviam consumido nos 3 meses anteriores. "Os homens que ingeriram ao menos meia porção desses alimentos por dia tiveram as mais baixas quantidades de espermatozoides", diz Jorge Chavarro, líder do estudo. Motivo: a soja é rica em isoflavona, uma substância que imita a ação do hormônio feminino estrogênio - e que, nos homens, tem sido associada a transtornos reprodutivos. "Nas mulheres, as isoflavonas poderiam ampliar o ciclo menstrual, mas as implicações sobre a fertilidade ainda não são claras", diz Chavarro.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Soja, os benefícios ou malefícios do consumo dos produtos feitos com soja dependem de diversos fatores, como a idade e o peso da pessoa. A entidade também ressalta as vantagens econômicas da produção desse alimento, que é acessível para a maioria da população. "A soja é a proteína mais barata", diz Glauber Silveira, presidente da associação. O assunto está longe de ser um consenso entre os cientistas. "Não há relação entre o consumo de soja e infertilidade em homens", diz José Marcos Gontijo Mandarino, pesquisador da Embrapa Soja. Segundo ele, os estudos atuais não fornecem evidências definitivas de que o consumo diário de isoflavonas da soja tenha impacto sobre o sistema reprodutivo.
21. Os médicos não lavam as mãos
Higiene é fundamental, ainda mais em um hospital. Mas os profissionais de saúde não levam a prática muito a sério. "Nós estimamos que, para cada 100 vezes que o médico deveria higienizar as mãos, ele só faz isso 36 a 40 vezes", diz Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). E não é só no Brasil. Um estudo do médico Didier Pittet, da Universidade de Genebra, afirma que os médicos lavam as mãos apenas na metade das vezes que deveriam. E isso ameaça a saúde dos pacientes. "Se fossem seguidas todas as medidas adequadas, como lavar as mãos, isolar o doente e usar equipamentos de proteção, conseguiríamos reduzir de 30% a 40% a taxa de infecção hospitalar", afirma Cyrillo.
22. Há remédios na água que você bebe
Quando você ingere um medicamento, até 70% da dose é desperdiçada: simplesmente não é aproveitada pelo organismo, e sai na urina e nas fezes. Junto com elas, o medicamento vai embora pela privada. O problema é que os sistemas de tratamento de água não estão equipados para retirar as moléculas dos remédios - que acabam contaminando rios, lagos e reservatórios, até retornar à sua torneira. Ou seja: junto com a água, você bebe medicamentos que foram excretados por outras pessoas. São os chamados poluentes emergentes. "A concentração dessas substâncias na água é muito pequena: algo como 1 em 1 trilhão, menos que 1 gota numa piscina olímpica", diz José Carlos Mierzwa, professor de engenharia ambiental da USP. "No entanto, estudos feitos na Europa e nos EUA indicaram que espécies de peixes e répteis já tiveram alterações em seu sistema endócrino." No Reino Unido, peixes machos expostos a hormônios presentes em anticoncepcionais passaram a ter características femininas. Ou seja: há uma ligação entre a presença de resíduos de medicamentos na água e problemas de saúde em animais. "Existe um risco potencial para os humanos, e por isso precisamos de mais estudos", afirma Mierzwa.
A Sabesp diz que a água fornecida por ela atende à legislação e aos padrões do Ministério da Saúde, e que ainda não há provas científicas suficientes sobre a relevância dos poluentes emergentes. "Além de acompanhar a evolução dos estudos, a Sabesp financia pesquisas na área. Se riscos à saúde humana forem comprovados, certamente outros regulamentos serão expedidos pelo Ministério da Saúde e atendidos pela Sabesp."
1. Torneira - Você bebe água.
2. Remédio - Você toma um comprimido de medicamento.
3. Banheiro - Você urina - e excreta resíduos do remédio.
4. Represa - Junto com a urina, o medicamento vai parar em represas e estações de tratamento de água - que não conseguem eliminá-lo.
5. Retorno - Resíduos do medicamento voltam a você, pela torneira.

23. Existe uma máquina que controla a atmosfera
É o HAARP (Programa de Investigação de Alta Frequência da Aurora), uma instalação no Alasca com 180 antenas e 360 transmissores de rádio. Essa máquina emite ondas eletromagnéticas que são absorvidas a 150 km de altitude, alterando o comportamento dos elétrons dessa camada da atmosfera. O Pentágono, que é dono do aparelho, afirma que o objetivo é estudar as propriedades da ionosfera "para melhorar os sistemas de comunicação e vigilância (de uso civil e militar)". Mas o programa tem inspirado teorias da conspiração de todo tipo - inclusive que estivesse relacionado ao tsunami no Japão, em 2011. Bobagem. O mais provável é que o verdadeiro objetivo dos EUA seja se proteger de um eventual ataque nuclear da Coreia do Norte. Se os norte-coreanos detonarem uma bomba atômica na ionosfera, os elétrons que viajam livres nessa zona poderiam queimar a rede de satélites dos EUA. Nesse caso, o HAARP poderia servir como uma espécie de escudo, barrando os elétrons. Mas isso é apenas especulação.
24. O Facebook deixa você menos feliz
Após ver as fotos e as conquistas dos outros, você se sente mal, como se a vida deles fosse muito melhor que a sua. Isso gera uma percepção distorcida - e faz com que os usuários muito assíduos do Facebook sejam, na média, menos felizes. "As pessoas apresentam uma imagem editada e perfeita de si mesmas nas redes sociais. Parece que nunca têm um dia ruim", diz Sherry Turckle, professora de estudos sociais no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). E a percepção distorcida continua mesmo quando você não está usando o Facebook. Psicólogos da Universidade Stanford, nos EUA, pediram que 80 estudantes avaliassem as emoções de seus colegas durante duas semanas. Na média, os voluntários subestimaram a tristeza e superestimaram a alegria de seus amigos. "É razoável supor que postar no Facebook, onde as pessoas têm completo controle sobre a imagem que projetam, possa contribuir para esses erros de percepção emocional", diz o psicólogo Alexander Jordan, um dos autores da pesquisa. Mas as redes sociais também podem provocar o efeito contrário - e melhorar a vida de quem as usa. Existem estudos comprovando que Facebook, Twitter e similares aproximam as pessoas e ampliam seu círculo de relacionamentos. Uma pesquisa da Universidade de Toronto constatou que hoje as pessoas têm mais amigos (reais) do que há 10 anos. E quem mais se beneficia desse fenômeno é justamente quem fica bastante tempo no Facebook e nas outras redes - e, por conta disso, tem 38% mais amigos do que uma década atrás.
25. Fazer exercício não é a maneira mais eficaz de emagrecer
Exercício é fundamental para a saúde. Mas, se o único objetivo é perder peso, malhar não é necessariamente a melhor resposta. É uma questão de matemática. Os alimentos modernos são muito calóricos, e por isso precisamos nos exercitar muito para queimar a energia que adquirimos comendo. Você tem de correr 1,5 km para queimar as calorias presentes em um reles brigadeiro. E precisa suar quase uma hora na bicicleta para compensar um pedaço de empadão de frango (cerca de 300 calorias). Controlar a própria alimentação é mais fácil, e mais rápido, do que enfiar o pé na jaca e tentar compensar tudo na academia. Mesmo porque quem se exercita tende a acabar comendo mais. Cientistas da Universidade de Ottawa, no Canadá, monitoraram 13 mulheres jovens após sessões de academia. Em média, elas ingeriram 878 calorias - o equivalente a um Big Mac com fritas médias - na hora seguinte a um exercício intenso (correr na esteira), o que anulou a quantidade de calorias que elas haviam queimado durante o exercício.

  

 

 

 

Cidade Criativa 

 

Alguns de vocês já devem ter ouvido falar das Cidades Criativas, não é mesmo? Mas abordar este tema nem sempre é fácil pois cada corrente teórica aponta para uma direção diferente. Por isso, ao escrever este primeiro artigo sobre o tema, optei por priorizar dois aspectos: o ecossistema urbano e as classes criativas que ali estão. Desejo a todos uma boa leitura.

De um modo abrangente, o conceito vinculado à cidade criativa vem sendo desenvolvido por alguns autores, sob aspectos que vão desde as pequenas propostas urbanas, como por exemplo um mobiliário urbano, até as grandes intervenções, que envolvem reocupação e revitalização de áreas urbanas degradadas. Se considerarmos estas perspectivas podemos dizer que uma cidade que contém algum ou vários desses elementos, é uma cidade criativa.

Para a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) o significado de Cidades Criativas está diretamente relacionado ao funcionamento econômico e social de uma cidade. E é na cidade onde as pessoas desenvolvem suas atividades econômicas, sociais, culturais e também seu potencial criativo. Sob este ponto de vista socioeconômico e cultural, todas estas iniciativas compõe o ecossistema urbano e criativo, fazendo com que uma cidade seja criativa.

E o funcionamento de um ecossistema urbano só ocorre por meio da realização de ações integradas entre os diversos atores sociais, por exemplo, público, privado, sociedade civil e universidades. Estas ações devem de um lado estimular a criação de arranjos, relações sociais e espaços apropriados onde os profissionais criativos tenham condições de desempenhar suas atividades econômicas e de outro lado, oferecer um ambiente propício para que haja o consumo e a fruição destes produtos ou serviços originários da criatividade.

Nesta perspectiva dos arranjos que se formam dentro do ecossistema se torna estratégico o investimento e o apoio às micro e pequenas iniciativas que, em geral, já estão acontecendo nos espaços urbanos. O desafio para a maioria das cidades: onde estão e quais são estas iniciativas?

Esta preocupação tem ocupado a pauta de diversas cidades pelo mundo pois estas já despertaram acerca da importância deste setor criativo para o sistema econômico local. Um primeiro passo é o diagnóstico, e elas já estão investindo em pesquisas para o levantamento de dados e informações acerca do perfil destes profissionais que compõe as chamadas classes criativas, que em geral, pertencem aos setores econômicos vinculados a serviços.

Com estes dados em mãos será possível construir programas e projetos que atendam as demandas e as necessidades destas categorias profissionais, para que seja possível atraí-los e retê-los, e é claro, como consequência este movimento irá fortalecer a economia da cidade.

*Artigo escrito por Schirlei Mari Freder, conselheira no CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PIOR ANALFABETO É O ANALFABETO MIDIÁTICO

 

“Ele imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo esforço intelectual”. Reflexões do jornalista Celso Vicenzi em torno de poema de Brecht, no século 21

Celso Vicenzi, no Outras Palavras

Ele ouve e assimila sem questionar, fala e repete o que ouviu, não participa dos acontecimentos políticos, aliás, abomina a política, mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo. Prega ideias preconceituosas e discriminatórias, e interpreta os fatos com a ingenuidade de quem não sabe quem o manipula. Nas passeatas e na internet, pede liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas – na era da informação instantânea de massa – são muito influenciadas pela manipulação midiática dos fatos.

Não vê a pressão de jornalistas e colunistas na mídia impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet – a anunciar catástrofes diárias na contramão do que apontam as estatísticas mais confiáveis. Avanços significativos são desprezados e pequenos deslizes são tratados como se fossem enormes escândalos. O objetivo é desestabilizar e impedir que políticas públicas de sucesso possam ameaçar os lucros da iniciativa privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país.

Questões iguais ou semelhantes são tratadas de forma distinta pela mídia. Aula prática: prestar atenção como a mídia conduz o noticiário sobre o escabroso caso que veio à tona com as informações da alemã Siemens. Não houve nenhuma indignação dos principais colunistas, nenhum editorial contundente. A principal emissora de TV do país calou-se por duas semanas após matéria de capa da revista IstoÉ denunciando o esquema de superfaturar trens e metrôs em 30%.

jornal nacional analfabeto midiático

Bancada do Jornal Nacional (Divulgação)

O analfabeto midiático é tão burro que se orgulha e estufa o peito para dizer que viu/ouviu a informação no Jornal Nacional e leu na Veja, por exemplo. Ele não entende como é produzida cada notícia: como se escolhem as pautas e as fontes, sabendo antecipadamente como cada uma delas vai se pronunciar. Não desconfia que, em muitas tevês, revistas e jornais, a notícia já sai quase pronta da redação, bastando ouvir as pessoas que vão confirmar o que o jornalista, o editor e, principalmente, o “dono da voz” (obrigado, Chico Buarque!) quer como a verdade dos fatos. Para isso as notícias se apoiam, às vezes, em fotos e imagens. Dizem que “uma foto vale mais que mil palavras”. Não é tão simples (Millôr, ironicamente, contra-argumentou: “então diga isto com uma imagem”). Fotos e imagens também são construções, a partir de um determinado olhar. Também as imagens podem ser manipuladas e editadas “ao gosto do freguês”. Há uma infinidade de exemplos. Usaram-se imagens para provar que o Iraque possuía depósitos de armas químicas que nunca foram encontrados. A irresponsabilidade e a falta de independência da mídia norte-americana ajudaram a convencer a opinião pública, e mais uma guerra com milhares de inocentes mortos foi deflagrada.

 

O analfabeto midiático não percebe que o enfoque pode ser uma escolha construída para chegar a conclusões que seriam diferentes se outras fontes fossem contatadas ou os jornalistas narrassem os fatos de outro ponto de vista. O analfabeto midiático imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo de esforço intelectual. Não se apoia na filosofia, na sociologia, na história, na antropologia, nas ciências política e econômica – para não estender demais os campos do conhecimento – para compreender minimamente a complexidade dos fatos. Sua mente não absorve tanta informação e ele prefere acreditar em “especialistas” e veículos de comunicação comprometidos com interesses de poderosos grupos políticos e econômicos. Lê pouquíssimo, geralmente “best-sellers” e livros de autoajuda. Tem certeza de que o que lê, ouve e vê é o suficiente, e corresponde à realidade. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o espoliador das empresas nacionais e multinacionais.”

O analfabeto midiático gosta de criticar os políticos corruptos e não entende que eles são uma extensão do capital, tão necessários para aumentar fortunas e concentrar a renda. Por isso recebem todo o apoio financeiro para serem eleitos. E, depois, contribuem para drenar o dinheiro do Estado para uma parcela da iniciativa privada e para os bolsos de uma elite que se especializou em roubar o dinheiro público. Assim, por vias tortas, só sabe enxergar o político corrupto sem nunca identificar o empresário corruptor, o detentor do grande capital, que aprisiona os governos, com a enorme contribuição da mídia, para adotar políticas que privilegiam os mais ricos e mantenham à margem as populações mais pobres. Em resumo: destroem a democracia.

Para o analfabeto midiático, Brecht teria, ainda, uma última observação a fazer: Nada é impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

O analfabeto político

O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguel, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil,
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos
Que é o político vigarista,
Pilanta, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht

 

 
 
 
 
 
 
 

 

  "Não há dengue em Cuba"

 

A médica cubana Ceramides Almora Carbonell, 42 anos, falava emocionada da recepção calorosa dos brasileiros, quando concedeu entrevista à Carta Maior nos corredores da Fiocruz, em Brasília, onde médicos brasileiros e estrangeiros que irão atuar no Programa Mais Médicos participam de um curso de formação. Na entrevista à Carta Maior, ela fala sobre sua experiência como médica e sobre a situação da saúde em seu país. Por Najla Passos.

 

Najla Pass
  
Brasília - A médica cubana Ceramides Almora Carbonell, 42 anos, ainda falava emocionada da recepção calorosa dos brasileiros, quando a encontrei nos corredores da Fiocruz, em Brasília, onde médicos brasileiros e estrangeiros que irão atuar no Programa Mais Médicos participam de um curso de formação. Ela nasceu em Guane, um pequeno município de 35 mil habitantes na província de Pinar del Rio, famosa pela produção dos charutos cubanos. Aos 5 anos, mudou-se para a capital, onde cursou o estudo básico e médio. Com 17 anos de prática médica e experiências internacionais em Honduras e Bolívia, está divorciada há dois anos e não possui filhos. Decidi iniciar por aí nossa entrevista.

- É mais fácil deixar seu país quando não se tem marido e filhos?, questionei.

“Não tenho marido e filhos, mas tenho família: pai, mãe, irmão. Mas mesmo meus colegas que têm filhos, não temem deixá-los porque sabem que, em Cuba, eles serão muito bem assistidos, terão acesso gratuito à educação e saúde de qualidade. Além disso, os colegas médicos que permanecem na ilha criam uma espécie de rede de solidariedade para atender as famílias dos que estão fora. Nossos companheiros policlínicos visitam nossas famílias e cuidam para que sejam assistida nas suas necessidades. Eles ligam para meus pais, visitam minha casa e, assim, posso viajar tranquila”, explicou. 

- Seus pais também são médicos?

“Não. Eles são professores, já aposentados".

- E seu irmão, é médico?

“Não, eletricista. Sou a única médica da família”.

- E como você decidiu fazer medicina?

"Em Cuba, as escolas promovem ciclos de interesse que vão combinando as coisas que você gosta desde pequena. Por exemplo, vão bombeiros, professores, esportistas e vários outros profissionais, dentre eles os médicos. Isso para formar, desde pequeno, conhecimento sobre todas as áreas. Eu sempre gostei sempre da medicina. No ensino médio, participei do ciclo de interesse de cirurgia experimental e, depois, ainda participei do ciclo de medicina geral e integrada, ainda em Pinar Del Rio. Depois passei pela faculdade de medicina, seis anos de muito estudo. Era um período muito duro. Mas consegui nota máxima em todas as disciplinas. Em seguida, prestei os dois anos de serviço social obrigatório em Guane".

- Você voltou a sua cidade natal para clinicar?

"Sim, é uma cidade muito pequena, mas gosto muito de trabalhar lá".

- Não fez nenhuma especialização?

"Depois do serviço social, fiz três anos de especialização em medicina geral e integrada, como todos os médicos cubanos que vieram para o Brasil. Seria o equivalente, aqui no Brasil, a medicina familiar, que ensina ver a pessoa no seu conjunto. Fiz a especialização em dois níveis. Sou mestre em Procedimento e a Diagnósticos Primários de Atenção à Saúde".

- E como você aprendeu o português?

Meu pai morou na Guiné Bissau por um ano e se apaixonou pelo idioma. Ele me ensinava desde que eu era bem pequena. 

- Você disse que, em Cuba, os estudantes escolhem fazer medicina por vocação. No Brasil, os cursos de medicina são os mais caros, nas universidades particulares, e os mais concorridos, nas universidades públicas e, com isso, acaba que praticamente só os mais ricos, que têm como pagar uma educação de maior qualidade, conseguem acesso a eles.

"Em Cuba, a oportunidade é a mesma para todos os cubanos. Primeiro, não há classes sociais diferentes. Todos somos iguais. Não há discriminações por sexo ou raça. Sou mulher, sou mulata, mas estou aqui como todos os outros companheiros da brigada."

- Os brasileiros têm muita dificuldade em entender como vocês podem vir para cá sem receber o mesmo salário pago aos demais profissionais que integram o programa, como vocês aceitam que parte dos seus salários seja retida pelo governo. Como você vê isso?

"Eu conheço essa polêmica capitalista. É que vocês não entendem que nós não trabalhamos por dinheiro, mas por solidariedade, humanismo. O comandante Fidel Castro, nosso líder nacional e também latino-americano e mundial, tem uma frase que diz que “ser internacionalista é saudar nossa própria dívida com a humanidade”. E nós carregamos esse conceito em nosso coração. Desde pequenos, já aprendemos sobre internacionalismo, solidariedade, honradez, bondade, profissionalismo. Eu acho até que o povo cubano não poderia viver sem esses conceitos, que estão na base da sua cultura. Como diz nossa ministra da Saúde, temos um recurso muito grande, que é nosso próprio conhecimento e o amor do nosso povo por outros povos irmãos".

- Você falou que já esteve em outras missões internacionais...

"Sim, trabalhei por dois anos na Bolívia, em Potosí, o departamento mais pobre do país. Um lugar cheio de riquezas, mas onde o povo é muito pobre.
Também atuei em Três Cruzes, uma aldeia muito pequena e pobre. Lá, eu tive o prazer de trabalhar muito e conseguir inaugurar um hospital. Em Honduras, trabalhei em Nova Esperança, em municípios muito pobres.

- E, nesses locais, vocês tinham acesso a equipamentos, infraestrutura e tecnologia para atender adequadamente os pacientes? 

"Não. Nós trabalhávamos com o método clínico. Nós examinávamos os pacientes. Tocávamos as pessoas, conversávamos com os doentes. A falta de tecnologia não é problema para mim e nem para a brigada cubana, que trabalha muito com este método. E é com isso que esperamos melhorar muito a saúde do seu povo. Muitos países não têm dinheiro para pagar a tecnologia avançada. Sei usar um ultrassom, mas pratico muito o método clínico". 

- Outra crítica das entidades médicas brasileiros é que, em Cuba, por conta do longo embargo econômico, o acesso à tecnologia é muito restrito, o que provoca uma defasagem na formação dos médicos e os impossibilita de atuar adequadamente no Brasil. Você concorda com isso?

"Cuba é um país pobre e bloqueado, mas nossos indicadores de saúde são excelentes. E isso não tem a ver com muita tecnologia. Estamos entre os cinco países com menor índice de mortalidade infantil: menos de 4,5 por mil nascidos vivos. Isso é graças ao nosso esforço, porque estudamos muito, investimos em pesquisas, praticamos muito o método clínico, e isso faz a diferença. Também temos uma vigilância epidemiológica muito boa, fundamental para todos. E a saúde cubana é multissetorial: até a população participa. A dengue, por exemplo, é uma doença transmissível. Se o governo não educa sua população, todos morremos. 

- Há dengue em Cuba?

"Não, não há. Eu citei a dengue porque é uma doença comum no Brasil. Já atendi muitos pacientes com dengue, mas em Honduras. Não em Cuba, que temos uma vigilância epidemiológica forte. E nem na Bolívia, porque atuei no altiplano, onde é muito frio".

 

  

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22582

 

 

 

 

 

CIDADANIA SE APRENDE VIVENCIANDO

 

  

 

Divulgação

 

  

 

Um estudante, durante uma dinâmica ocorrida esta semana, me perguntou de forma intrigante “por que a escola não nos ensina como lidar com questões do dia a dia?”

Desconfio que não seja o cérebro o único órgão do corpo humano que esteja pronto para desafiar, confrontar e lidar com situações cotidianas. Nossa leitura de mundo e a construção de nossa ética parece passar mais pela experiência do que pela consciência. Aprendemos o que é certo copiando modelos, experimentando e não ouvindo discursos.

Na escola do nosso tempo, focada no cérebro, ética, responsabilidade e cidadania têm sido áreas encaradas tal qual as disciplinas escolares das mais tradicionais são abordadas, tal qual a Matemática. O convite mais comum é “vamos aprender ética vendo as implicações legais de você cometer um delito?” Ou então, “vamos estudar a evolução dos Direitos Humanos na história do mundo?”

A evolução dos Direitos Humanos é, sem dúvida, um assunto interessante, mas não suficiente para que o estudante comece a construir uma escala de valores. Que tal abrir um espaço na escola para que os estudantes se expressem, com uma web-radio, e, assim, criar um modelo de garantia de Direitos Humanos? Infelizmente escola não cria modelos, mas repete conteúdos; raramente o aluno experimenta ou cria.

Fiquei curioso com o que levou a estudante canadense Hannah Robertson, no encontro anual de investidores do Mc Donalds em Chicago (EUA), a questionar os diretores a rede de fast-food sobre por que eles vendem “porcaria” a crianças dando um brinquedinho de brinde. O espírito questionador me parece fruto de uma vivência e não de uma aula teórica. Afinal, a garota de nove anos é filha de Kia Robertson, uma blogueira e ativista na área de alimentação saudável.

Enxergo na produção de comunicação por estudantes dentro da escola, seja de jornais, revistas, fanzines, radio ou documentários, uma oportunidade de se vivenciar a cidadania, e não de se ouvir falar sobre ela. Esse é um dos pressupostos da Educomunicação, esse novo campo de estudo e, sobretudo, de prática.

Se tratarmos os temas do cotidiano como disciplinas isoladas, a grade escolar não suportará em breve tantas aulas reivindicadas por seus defensores. Música, Cidadania, Ética Digital, Artes e Comunicação, brigam por um espaço num dia de vinte e quatro horas. Cidadania é algo transversal a tudo que se aprende na escola e na vida. Por isso, precisa funcionar por projetos, com experimentação e mão na massa de alunos e professores.

Aliás, para os docentes que se sentem “esvaziados” de funções num tempo de internet e Ipads, a ética é algo ainda inerente e insubstituível ao papel do ser humano na educação. É na troca de experiências diárias com os estudantes que ela é construída – baseada no que se faz, e não no que se diz.

Tentando responder ao questionamento do meu estudante no primeiro parágrafo, talvez a melhor resposta seja: “porque a escola quer que você escute e memorize e não questione ou se permita errar. Ela educa você, e raramente, ‘com’ você”. 

>> Alexandre Le Voci Sayad é jornalista e educador. Desenvolve projetos interdisciplinares com foco em educação para escolas, governos e empresas. É autor do livro Idade Mídia: A Comunicação Reinventada na Escola, publicado pela Editora Aleph. >> Quer saber mais sobre educação, mídia, cidadania e leitura? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.

 

 

 

 

"EU SOU POR QUE NÓS SOMOS!"

  
 
“Um antropólogo fez uma brincadeira com crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que o primeiro que chegasse junto a árvore ganharia todas ...as frutas. Dado o sinal, todas as crianças saíram ao mesmo tempo e de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou por que elas haviam agido dessa forma, sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles responderam: Ubuntu, como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?
UBUNTU na cultura Xhosa significa: “Eu sou por que nós somos”

 

 

 

 

VOLUNTARIADO

Tão importante quanto chamar novos voluntários para praticar boas ações é mantê-los atuantes no voluntariado. As opções são inúmeras, fáceis, difíceis, custosas ou não, com dedicação de tempo ou até mesmo numa conversa informal no corredor.

 

Uma das instituições que reconhece e valoriza seus voluntários é o Hospital do Trabalhador. Não apenas porque à sua frente está uma diretoria que respeita e acredita no voluntariado, mas sim, por conta dos princípios e valores de um hospital que recebe milhares de pessoas, todos os dias, em busca de uma chance de vida.

Tudo já começa pelo atendimento: independente da classe, cor, religião, SUS ou convênio, no hospital todos são recebidos pela mesma porta, nas mesmas instalações, com os mesmos cuidados. Os voluntários possuem um departamento específico dentro na instituição, um apoio a quem é voluntário ou quer começar uma boa ação.

Todos os anos, sem necessitar da regra “precisa ser no dia comemorado” a instituição organiza o “Selo do Voluntário” para reconhecer, um por um, os voluntários atuantes no ano anterior. A festa acontece em ‘casa’, no auditório do hospital e conta com a participação de todos.

No final do ano, o trabalho voluntário é reconhecido através de um balanço: “Quantos atendidos eu ajudei a salvar?”. A esfera social entra em campo, quebra barreiras e deixa de lado quesitos financeiros, políticos e pessoais. Como instituições e empresas com programas de voluntariado podem reconhecer a atuação voluntária?

1)Organizar encontros para aproximar diretoria, departamentos, funcionários e voluntários da instituição; 2)Lembrar de datas como aniversário do voluntário, da instituição e datas comemorativas ao voluntariado, como dia do voluntário paranaense (27 de setembro), dia nacional do voluntário (28 de agosto) e dia internacional do voluntariado (05 de dezembro); 3)Buscar ser um coordenador dos voluntários dinâmico, motivador e, acima de tudo, que acredita no potencial do trabalho voluntário. O bom andamento das ações depende do reconhecimento dos envolvidos. Motive seus voluntários!

*Artigo escrito por Aline Vonsovicz, jornalista voluntária do CAV, instituição parceira do Instituto GRPCOM

**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.

 

 

 

 

 

 

*Este artigo foi escrito pela equipe do Instituto Arayara, uma das ONGs cadastradas no projeto Serviços e Cidadania, do Instituto GRPCOM.

 

**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.

 

 

 

 

 

NÚMERO DE VOLUNTÁRIOS CONTINUA CRESCENDO

 

A ONU define o voluntário como “o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não…”.

 

Já em um estudo realizado na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o voluntário como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade; doando seu tempo e conhecimentos para a organização.

Segundo pesquisa do IBOPE, 25% da população brasileira declara que faz ações voluntárias. No Brasil, o número de empresas que oferecem programas de voluntariado aumentou nos últimos dois anos. O Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE), que em 2009 contava com 12 companhias, hoje tem 28. O grupo de estudos organizado pelo Centro de Voluntariado de São Paulo reúne cerca de 200 empresas que implantaram ou estudam executar programas corporativos de trabalho voluntário.

Qualquer uma das definições acima mostra a importância de ajudar. Segundo Ediclei Garcia, do programa de voluntariado UANÁ, do ISAE/FGV, “o trabalho voluntário é uma causa nobre porque permite que a pessoa possa contribuir com o que sabe para a sociedade”. Desde 2010, o UANÁ, por intermédio do projeto Serviços e Cidadania do Instituto GRPCOM, leva às ONGs alunos de cursos de Pós-graduação e MBAs para assessoria voluntária na área de gestão.

Quer saber como ajudar a continuar aumentando as estatísticas do voluntariado no Brasil? Conheça alguns sites com informações sobre trabalho voluntário:

- Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial: www.cbve.org.br
- Centro de Ação Voluntária: www.acaovoluntaria.org.br
- Programa UANÁ: www.programauana.blogspot.com.br
- Projeto Serviços e Cidadania: www.servicosecidadania.org.br.

*Artigo escrito pela equipe do ISAE/FGV, instituição parceira do Instituto GRPCOM

**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Divulgação/Biblioteca Pública do Paraná

Divulgação/Biblioteca Pública do Paraná / Em Curitiba, há 2,97 bibliotecas públicas disponíveis para cada 100 mil habitantes. A cidade só perde para Barueri, município em São Paulo que tem um índice de 4,07 bibliotecas abertas ao público.

Em Curitiba, há 2,97 bibliotecas públicas disponíveis para cada 100 mil habitantes. A cidade só perde para Barueri, município em São Paulo que tem um índice de 4,07 bibliotecas abertas ao público.

QUAL O ÚLTIMO LIVRO MARCANTE QUE VOCÊ LEU?

Com a correria que todos temos, e a necessidade de estarmos constantemente bem informados, sofremos uma avalanche de informações, com a leitura dos jornais do dia, das revistas da semana, revistas de negócios, relatórios setoriais, Internet (incluo este blog na categoria!) etc. 

Além disso, muitas vezes levamos trabalho para casa, e acabamos lendo relatórios na cama, antes de dormir.

E cadê o tempo, ou mesmo a disposição, para ler um bom livro, um daqueles que permanece em sua memória, que sobrevive à passagem do tempo?

Não valem livros ligados à sua profissão, ao seu trabalho. Ou a biografia de um empresario de sucesso.

Me refiro a livros que mudam o assunto do dia-a-dia, o canal cerebral, que nos fazem pensar de forma diferente, que nos marcam.

Qual o último livro realmente marcante que você leu?

Se você tem dificuldade em responder a essa pergunta, vale uma reflexão.
Fiz essa pergunta em uma entrevista com um candidato a uma vaga outro dia, e o silêncio foi tão longo que eu mesmo acabei constrangido…

Temos que encontrar tempo para nossos hábitos pessoais, para o que gostamos, para um bom livro, para bons momentos indviduais e de paz.

Temos que escolher isso de forma tão clara quanto todos os projetos e deadlines que lidamos todos os dias no trabalho.

Isso é fundamental não só para nossa saúde mental a longo prazo, mas para a nossa produtividade, para o descanso da cabeça, para nosso equilíbrio.

Por isso, deixe um pouco as revistas e as leituras obrigatórias de lado e procure um bom livro, um daqueles que é difícil de largar. O feriado ou um final de semana podem ser perfeitos para isso.

FONTE: GAZETA DO POVO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESERVE ALGUNS MINUTOS PARA OUVIR AS SÁBIAS PALAVRAS DE EDUARDO GALEANO

 

UTOPIA E O DIREITO AO DELÍRIO

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Divulgação /

VOLUNTARIADO E FELICIDADE

 

A busca pela felicidade faz com que a gente se movimente no mundo. Viajamos para procurá-la, casamos, fazemos terapia, ganhamos dinheiro, participamos de grupos, buscamos reconhecimento e estudamos. Tudo isto correndo atrás da felicidade. Mas todos conseguem encontrá-la?

Não temos como responder esta pergunta, mas podemos elencar algumas práticas que podem ajudar no alcance da felicidade. Segundo Suzan Andrews, estudiosa do assunto, existe uma fórmula para a felicidade. F=G+C+AV (Felicidade = Genes + Condições externas + Atividades volitivas).

Isto significa que a felicidade é influenciada pelos genes, mas não é geneticamente determinada, afirma o geneticista David Lykken. “A estrutura cerebral pode ser modificada por meio da prática. Se você realmente quiser ser mais feliz do que os seus avós legaram aos seus genes, precisa aprender a fazer coisas que façam sentido para você, dia após dia, e evitar aquilo que o joga para baixo”, complementa o geneticista.

Suzan Andrews em seu livro a “Ciência de Ser Feliz” aponta algumas práticas relacionadas à solidariedade que podem fazer parte de nosso dia a dia:

1. Praticar a gratidão: existem inúmeras coisas na vida, grandes e pequenas, pelas quais podemos nos sentir gratos. Reflita sobre o que é ser grato e faça uma lista.

2. Faça o bem: estudos demostram que as pessoas felizes são mais propensas a agir de forma altruísta. Fazer atividade voluntária, ajudar estranhos e auxiliar colegas, podem ser atividades que aumentem a sensação de bem estar.

Outras atividades que contribuem para felicidade são: Ioga, automassagem, exercícios de respiração e relaxamento profundo, meditação e fazer coisas que tenham a ver com seus valores e virtudes. O autoconhecimento é a grande chave para a felicidade. Só temos que começar!

O voluntariado, que é uma das ações mais livres do ser humano, pode ser um grande caminho para esta busca!

 

 

 

 

 

 

Cotidianamente somos postos diante de inúmeras opções. Fazemos escolhas a todo instante e são elas que vão montando nossas vidas. Desde o momento em que o despertador toca e você tem de decidir se vai levantar ou ficar na cama mais uns minutinhos, passando pela escolha do que vestir, do que ler, do que comer à hora do almoço, se vai terminar a tarefa iniciada ou deixar para amanhã, se vai ou não conversar a respeito... até decidir se vai dormir cedo ou varar a noite, movido à guaraná... 

Cada uma dessas escolhas aparentemente banais repercute de algum modo no conjunto da obra. Não paramos para pensar o quanto elas nos afetam, mas muito do que somos é resultado dessas simplórias opções. 

Decisões marcantes carimbam datas na história. Decisões invisíveis escrevem histórias sem datas. Somam-se, sorrateiras, construindo seres, em silêncio. Vão se fazendo hábitos, enraizando-se sem questionamento. 

É claro que não vamos interrogar cada gesto, cada passo, cada movimento. Mas começar a acrescentar alguns pontos de interrogação em nosso plano de voo e abdicar de vez em quando do piloto automático pode tornar a viagem muito mais prazerosa e interessante! 

–  Isto me faz bem? Faço por quê? 

– É bom porque acho bom ou porque os outros dizem que é? 

Jamais teremos todas as respostas, jamais teremos todas as certezas. Continuaremos errando muito: é a vida! Mas a probabilidade é de que assim acertemos muito mais, já que pontos de interrogações bem postos levam a pontos de exclamações incríveis!

Experimente escrever novos roteiros, traçar outras rotas, buscar outras vias, ao invés de simplesmente seguir mapas prontos, impessoais. 

Interrogue hábitos, questione posturas, faça mais escolhas conscientes. 

O beneficiado nº 1 é você. 

Fonte: Gazeta do Povo - 11/02/12 - Giro Sustentável  

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

Luis Fernando Veríssimo

É cronista e escritor brasileiro

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB  é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados.
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.
Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões de e-mails.
 
 

 

 

 

 

 

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